terça-feira, 19 de junho de 2007

A Luta contra a Corrupção, a Conspiração e o Nepotismo

A UDT elegeu como a quarta prioridade contida na sua Plataforma Política, a luta contra a Corrupção , a Conspiração e o Nepotismo que são o nosso 4º inimigo!
Um dos principais inimigos do desenvolvimento político, económico e social do nosso país é a corrupção, que se traduz na prática ilícita utilizada por indivíduos sem credo e sem valor moral, para obtenção de benefícios materiais, sem esforço.
Ao fim de cinco anos, o que constitui a pior herança dos vinte e quatro de ocupação estrangeira, mantém-se vivo, podendo mesmo dizer-se que floresceu sob o olhar negligente do Governo.

As Causas

As causas estão bem identificadas: a ganância, a falta de carácter, o dinheiro fácil, o clientelismo, o tráfico de influências, o nepotismo, o suborno, a pobreza e, obviamente, a ocupação indonésia.
As pessoas, em relação umas às outras, têm ideias ou sentimentos variáveis, mas há sempre um certo número de ideias comuns que as aproximam: o desejo de terem um nível de vida condigno. No entanto, há sempre aquelas que, por uma questão de educação e formação, aspiram a um mais elevado nível de vida, a par de uma desmedida ambição de riqueza e de uma enorme cobiça. Estas pessoas são gananciosas e, às vezes, a sua ganância é tão grande que se deixam apanhar pelas teias da corrupção, vendendo a sua própria alma para conseguirem aquilo que, com trabalho honesto e esforçado, não conseguem alcançar.
Os corruptos podem ter temperamentos diferentes mas os seus sentimentos, ambições e ideais são idênticos. São irresponsáveis, indignos e incapazes de medirem as consequências dos seus actos. Actuam à margem da Sociedade em que estão inseridos e mostram-se incapazes de compreender que, com as suas atitudes indignas, influenciarão, negativamente, o processo evolutivo da reconstrução do País.
Subjacente à ganância, o indivíduo sem escrúpulos e sem integridade moral, deixa-se corromper facilmente e tem como objecto de veneração a “árvore das patacas”. O dinheiro fácil não é benéfico ao progresso económico de um País.
É certo que a pouca abundância, as privações, o baixo salário e a falta de meios, levam à Corrupção. A pobreza de espírito também acomoda o indivíduo, facilmente cai na Corrupção. O pobre de espírito recorre ao meio mais fácil, não canaliza os seus esforços na procura de emprego melhor, não cultiva a sua horta.
O clientelismo é uma forma de corrupção passiva, geralmente praticada por indivíduos que ocupam cargos influentes e que se servem dessas posições para, directa ou indirectamente, angariarem clientela para fins políticos, económicos. Ligado ao clientelismo , temos o tráfico de influências Trata-se também de uma forma de Corrupção passiva, exercida por indivíduos que se servem do cargo que ocupam para arranjar posição. Os visados são pessoas com status social elevado, ou seja, pessoas igualmente importantes.
O corrupto, o mau carácter, cria um status que procura que seja reconhecido e “legitimado” pelos outros, expandindo o seu favoritismo aos familiares, parentes, amigos, aproveitando-se do cargo que ocupa.
Através do suborno, consegue-se algo, corrompendo. Este tipo de Corrupção não se compadece com valores éticos e morais. Tanto o que alicia como o que aceita, são pessoas sem escrúpulos e oportunistas. O primeiro porque quer ver os seus objectivos conseguidos a qualquer custo e o segundo, pela oportunidade de conseguir algo, mesmo pondo em causa a sua personalidade e integridade moral. A Corrupção é uma herança dos indonésios. É do domínio público que, durante a ocupação indonésia, era prática corrente a troca de favores, ou seja, faz-se um favor a alguém e recebe-se algo em troca, ultrapassando todas as normas convencionais de moralidade.

As formas de combate

Como formas de combate, a UDT aposta no combate à oportunidade, na denúncia dos oportunistas e de situações, na divulgação das formas de Corrupção/Conspiração/Nepotismo, na Educação cívica, nos mecanismos de inspecção e no combate à criminalidade organizada.
Todos temos o dever de, por qualquer meio, perante a autoridade ou publicamente, denunciar as situações de Corrupção.
Ao abstermo-nos, quer por nos sentirmos “ignorantes”, quer para não criarmos inimigos, ou para mantermos a nossa popularidade e sermos acolhidos como bons, estamos então a contribuir, negativamente, para o progresso do nosso País, e a tornarmo-nos co-responsáveis por esses actos de corrupção.
Há que consciencializar a população em geral sobre as vantagens de cada atitude a tomar para combater o flagelo da Corrupção, da Conspiração e do Nepotismo. A educação da população passa pelo sistema educativo, desde o nível pré-primário ao universitário e complementado por formação profissional.
Esta educação passa também pela Administração Pública e demais agentes que estão ao serviço do interesse público. Passa igualmente pelo simples Homem da rua, através da palavra.
Os meios de Comunicação Social têm um papel muito importante nesta matéria. Há que criar leis de combate à Corrupção e incentivar a sua denúncia.
O crime organizado sem uma Corrupção encoberta e “permitida” não será possível. O poder político tem, por isso, que ter a coragem de implementar um conjunto de medidas legislativas com a específica tarefa de prevenção e averiguação constante de actos de Corrupção.
A “inspecção” é um dos meios de intervenção do Estado, um meio de combate e de prevenção permanente, utilizando funcionários com formação específica na área e com princípios e regras muito rígidas.
Uma pressão fiscal “apertada” poderá constituir um bom travão à expansão da Corrupção.

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